O futuro dos profissionais de comunicação na era da Inteligência Artificial

*Por Paula Rocha

Como líder de uma agência de marketing digital, tenho refletido bastante sobre as rápidas transformações tecnológicas e seu impacto no cotidiano dos profissionais de comunicação. É fato que nos próximos 10 anos veremos um avanço digital muito mais acelerado do que nas últimas três décadas, e olhe que a minha geração, os famosos millennials, testemunharam as maiores transformações da tecnologia até o momento, saindo do disquete e chegando à nuvem.

E agora, com a chegada da Inteligência Artificial (IA) e o enorme buzz em torno dela, surge a questão: como será a evolução do trabalho nesse contexto? Não sou do time dos alarmistas que acredita que ficaremos todos desempregados ou seremos até extintos enquanto seres. Mas, com certeza, acredito que muitas mudanças estão por vir, mudanças tão grandes que ainda não conseguimos imaginar como o futuro será – mas é disso que o futuro se trata, não é mesmo?

A IA, provavelmente, vai dominar e, com ela, muitas novas oportunidades e mercados surgirão. Big Data, Analytics e Machine Learning já são uma realidade, enquanto a Realidade Aumentada e a Internet das Coisas avançam e já se fala até em Metaverso. Mas o que desaparece e o que realmente fica?

Algumas áreas, como a da saúde, serão impactadas de uma forma mais gradual. Ainda não imagino um robô suprindo as demandas de um paciente grave que, acima de tudo, quer um olhar e atenção humanos ao seu lado. Por outro lado, robôs que são capazes de redigir e desenvolver estratégias para campanhas já são uma realidade.

Ao invés de ver a IA como ameaça, uma percepção que muitos colegas de profissão sei que têm, enxergo-a como uma aliada. Já pensou a enorme quantidade de esforço operacional que essa tecnologia pode nos desafogar para que possamos investir mais tempo em criatividade, sensibilidade e o que nos faz melhor: humanidade? A IA levará o nosso trabalho como criadores de conteúdo – sejam jornalistas, relações públicas ou marketeiros – para um novo nível de agilidade e excelência.

Uma coisa é certa, as pessoas não deixarão de se comunicar, independente do canal, que um dia já foi o extinto telefone fixo e agora é o 24/7 WhatsApp. Nessa jornada, ao passo que tantas profissões desapareceram, outras tantas surgiram: social media’s, gestores de tráfego e UX designers são só alguns poucos exemplos dos diversos novos profissionais que o mercado agora emprega, mas que ainda muitas empresas, principalmente as PME’s, ainda têm dificuldade de entender sua relevância.

O ser humano segue sendo uma “máquina” fantástica, impossível de ser replicada em todas as suas nuances e, enquanto houver vida, haverá novos cargos e oportunidades. Assim, os negócios e os profissionais seguirão se adaptando, como sempre fizeram. 

Criatividade, colaboração e resiliência, as agora tão famosas soft skills, ainda são um enorme diferencial e é para elas que devemos olhar cada vez mais. Como líder, sei que é muito mais simples desenvolver habilidades técnicas do que comportamentais. Então deixemos a tecnologia trabalhar a nosso favor, livrando-nos das intermináveis tarefas operacionais, enquanto focamos no que realmente importa, que é a capacidade de nos relacionarmos e comunicarmos.

*Paula Rocha é diretora executiva da Nomadiq, agência de marketing digital especializada em captação de audiência qualificada na Internet.

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